Só na América Latina, são 8 milhões de portadores desse mal provocado pelo parasita T. cruzi e mais conhecido por levar o coração à falência. Até pela falta de estudos a respeito, ainda não se sabe ao certo como prever a evolução do quadro assintomático para uma das formas mais graves, a miocardiopatia. Daí o mérito deste trabalho finalista na categoria Saúde e Prevenção, assinado pelas Universidades de São Paulo, Federal de Minas Gerais, Federal de São João del-Rey e Estadual de Montes Claros e pelas Fundações Pró-Sangue/Hemocentro de São Paulo e Hemominas de Belo Horizonte. Após coletar dados de quase mil doadores de sangue, os autores compararam pessoas saudáveis e portadoras de T. cruzi sem sintomas a fim de detectar fatores que indicam a progressão para a insuficiência cardíaca. "No Brasil não há um protocolo de tratamento para casos assintomáticos em parte porque o medicamento é tóxico, mas também pelas incertezas do prognóstico. Agora ficará mais fácil discernir quem deve receber o remédio", diz o hematologista Cesar de Almeida Neto, do Hemocentro paulistano.
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Fonte: Revista Saúde
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