segunda-feira, 28 de maio de 2012

HEPATITES - SAIBA MAIS



COMBATE à Hepatites 

As Hepatites são doenças que podem evoluir de forma silenciosa por muito tempo. Nem sempre aparecerá o tal amarelão, a icterícia e por isso e por apresentar sintomas meio inespecíficos elas podem passar desapercebidamente por décadas até. Aproveitando o momento e o fato da doença estar em discussão no mundo todo neste final de mês, nós deixamos aqui uma pequena colaboração, um chamamento a pensar nesta doença, procurar a prevenção sempre e, se necessário a busca de investigação e tratamento em serviços especializados. 

                        
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A história das hepatites virais remonta a vários milênios. Informações contidas na
literatura chinesa já faziam referência à ocorrência de icterícia entre sua população há mais
de cinco mil anos. Surtos de icterícia foram relatados na Babilônia há mais de 2.500 anos.
Escritos de Hipocrates, que viveu provavelmente 300 a 400 anos a.C. revelam
historicamente que: a icterícia seria provavelmente de origem infecciosa e o problema
poderia estar no fígado; o acúmulo de líquido no abdome (ascite) poderia ser causado por
alguma doença crônica nesse órgão.
Antes do início do século XIX, os relatos sobre a história das hepatites no Brasil são
escassos, todavia no museu de Porto Velho – Rondônia se encontrava uma urna funerária
confeccionada pelos índios Aruak que habitaram esta região no período da descoberta do
Brasil; a urna é confeccionada de barro cozido, é de um nativo Aruak e revela alguns sinais e
estigmas de cirrose hepática, tais como: ascite, umbigo protuso pelo aumento do volume
abdominal (hérnia umbilical), ginecomastia e aranhas vasculares.
De acordo com dados oficiais do Ministério da Saúde, de 1999 a 2010, já foram
notificados e confirmados 104.454 casos de hepatites B e 69.952 casos de hepatite C no
Brasil. Em Santa Catarina, desde 1994 foram notificados 14.710 casos de hepatite B e 8.241
casos de hepatite C. O aumento na taxa de detecção no ano de 2005 foi devido às ações
pontuais ocorridas neste período, com a participação do Ministério da Saúde na mídia.
Apesar da diminuição do número de casos confirmados de hepatite nos últimos anos,
observa-se maior critério na suspeição clínica demonstrando também a sensibilidade no
sistema de vigilância.

A estratégia que ajudou no controle dos casos foi atrelar o número da notificação às 
solicitações de exames sorológicos e na entrega da medicação, com isso houve a diminuição 
da subnotificação. 

As hepatites virais em Santa Catarina são definidas em duas situações epidemiológicas, 
no Oeste catarinense é identificada a endemicida.
A faixa etária mais acometida varia de acordo com o agente etiológico. No estado 
segue o referenciado pela literatura científica: entre 20 e 49 anos para hepatite B 
(expressando pessoas em idade sexualmente ativa, e demonstrando a importância da 
vacinação como forma de prevenção antes da iniciação sexual) e entre 30 e 59 anos para 
hepatite C (a própria evolução da doença justifica as faixas etárias acometidas, assim como 
diagnóstico tardio e a dificuldade de acesso aos serviços de saúde são fatores associados) 

A presença de infecção do vírus B na faixa etária de 15 a 19 anos não é aceitável, 
lembrando que a vacina contra hepatite B é ofertada na rede para menores de 19 anos 
desde 2001. 
A maior estratégia para vencer esta epidemia silenciosa, além do uso do preservativo, 
será a intensificação da vacinação contra hepatite B, é a maior arma da prevenção, que tem 
como maior fator de risco a transmissão sexual (50%). A vacina se encontra em todas as 
Unidades de Saúde, para população até 29 anos e outros grupos mais vulneráveis. 
Toda gestante tem direito à vacina contra hepatite B, independente da faixa etária, 
além da triagem sorológica para hepatite, este exame vai identificar a gestante portadora e 
indicar a profilaxia do bebê, reduzindo a transmissão vertical.

Prioridades estabelecidas pela Gerência de Vigilância das DST/HIV/AIDS e Hepatites Virais 

Garantir que 100% das gestantes tenham acesso à testagem, e quando for o caso, ao 

tratamento do HIV, Hepatites e Sífilis. Garantir que 100% dos recém-nascidos de mães portadoras do vírus B recebam a 

imunoglobulina anti-hepatite B, nas primeiras 12 horas. 

Garantir que os pacientes portadores do vírus de hepatite recebam o tratamento 

quando necessário na rede do SUS. 

Ampliar diagnóstico precoce do HIV/Hepatites e outras DST. 

Promoção de mecanismos para melhoria da qualidade do atendimento às pessoas 

vivendo com HIV/AIDS e Hepatites Virais. 

Garantir que todas as gestantes não vacinadas recebam a vacina contra hepatite B. 

Aumento na cobertura vacinal contra hepatite B, na população de 1 a 29 anos. 

Incentivar o atendimento descentralizado ao portador crônico. 






Fonte de pesquisa:  www.dive.sc.gov.br/sc
Participação: Joselice -  Dpto.Vigilância epidemiológica


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