segunda-feira, 9 de setembro de 2013

ANIMAIS PEÇONHENTOS - MUITO CUIDADO!

Você sabe o que fazer no caso de acidentes com animais peçonhentos?


Atendimento imediato é fundamental à sobrevivência
 da vítima e redução de possíveis sequelas.


Você sabe o que fazer em caso de acidentes por animais peçonhentos, como escorpiões e aranhas? Acidentes desse tipo são um problema de saúde pública e o atendimento imediato é fundamental para a sobrevivência das vítimas e redução de possíveis sequelas. Confira abaixo as dicas da Unidade Técnica de Vigilância de Zoonoses, do Ministério da Saúde.

Somente em 2012, foram registrados 142.053 acidentes desse tipo no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), do Ministério da Saúde, dos quais cerca de 45% foram por escorpiões, 20% por serpentes, 18% por aranhas, 7% por abelhas, 3% por lagartas e 7% por outros animais.

Segundo técnicos da Unidade Técnica de Vigilância de Zoonoses, o processo de urbanização tem levado ao aumento da exposição a esses animais. O escorpião, por exemplo, se alimenta de baratas, portanto sobrevive em ambientes urbanos com facilidade. Além disso, o depósito e acumulo de lixo, entulhos e materiais de construção junto às habitações podem servir de abrigo para os animais peçonhentos.

É importante manter limpos os locais próximos das residências, calçadas, jardins, quintais, paióis e celeiros, assim como fazer o controle do número de roedores, pode evitar a aproximação de serpentes peçonhentas que deles se alimentam. Vedar frestas e buracos em paredes, assoalhos, forros, meias-canas e rodapé, além de utilizar telas e vedantes em portas, janelas e ralos são outras formas de evitar a presença desses animais.

Outro fator que pode explicar o alto número de acidentes com animais peçonhentos é a melhora na notificação dos casos. Os profissionais de saúde têm ficado mais sensíveis para a importância da notificação. Desde 2010, acidentes com animais peçonhentos são considerados um agravo de notificação compulsória, ou seja, todo acidentado atendido em unidade de saúde do SUS tem ser notificado ao Ministério da Saúde.

Os animais peçonhentos são classificados dessa forma por produzirem a “peçonha”, toxinas utilizadas ativamente para caça ou defesa, e terem algum mecanismo que permite a injeção do veneno na vítima. No Brasil, o número de acidentes varia conforme a região do país: No Sul são mais comuns acidentes com aranhas. No Norte e Centro-Oeste, com serpentes e no Nordeste e Sudeste, com escorpiões.

                                        
                                                        Foto: Frans Lanting/Corbis

Como evitar :

Para evitar acidentes com animais peçonhentos, a Unidade Técnica de Vigilância de Zoonoses dá algumas dicas. Em locais propícios à presença desse tipo de animais, deve-se utilizar sempre equipamentos de proteção individual (EPI), como luvas de couro e botas de cano alto ou com perneiras. Não colocar as mãos em tocas ou buracos na terra, ocos de árvores, cupinzeiros, entre espaços situados em montes de lenha ou entre pedras. Cuidado nas atividades de limpeza, deslocamento de móveis e outros objetos, pois serpentes, escorpiões e aranhas podem estar nas frestas, superfícies ou cantos. Examinar calçados e roupas pessoais, de cama e banho, antes de usá-las. E lembre-se: Ao encontrar algum animal peçonhento em qualquer situação, afaste-se com cuidado, evite assustá-lo ou tocá-lo, mesmo que pareçam mortos, e procure a autoridade local para providências.

O que fazer – Na ocorrência de acidente com animais peçonhento, mantenha a vítima calma, evitando movimentos desnecessários, e com o membro acometido mais elevado em relação ao restante do corpo. A vítima deve ser levada o serviço de saúde do SUS o mais rápido possível.

O que não fazer – Não corte o local da picada, pois a peçonha de algumas serpentes causam hemorragias e um corte pode aumentar ainda mais o sangramento. Não tente sugar o veneno e nem colocar substâncias caseiras sobre o ferimento. Tais práticas apenas aumentam as chances de infecção local. Também não amarre o membro acometido, já que isso reduz a circulação sanguínea no local, podendo levar a quadros de necrose.

Ministério da Saúde - Paralelamente às ações de prevenção e controle dos animais peçonhentos, o Ministério da Saúde tem buscado o fortalecimento das atividades de capacitação dos profissionais de saúde no diagnóstico e tratamento, com ênfase na correta administração dos soros específicos, visando à redução da frequência de sequelas e da letalidade dos acidentes.
                                                                                                                                                                                                                               



Os antivenenos são produzidos no Brasil pelo Instituto Butantan (São Paulo), pela Fundação Ezequiel Dias (Minas Gerais), pelo Instituto Vital Brazil (Rio de Janeiro) e pelo Centro de Produção e Pesquisa em Imunobiológicos (Paraná). Toda a produção é adquirida pelo Ministério da Saúde, que a distribui no país por intermédio das Secretarias de Estado de Saúde. Os soros estão disponíveis em pontos estratégicos, serviços de saúde do SUS, sendo oferecidos gratuitamente aos acidentados. Se possível, e caso não apresente risco de um novo acidente, o animal agressor deve ser levado com a vítima.

Para mais informações, acesse o site de Acidentes por Animais Peçonhentos, do Ministério da Saúde.
Você poderá esclarecer suas dúvidas na Secretaria de Sáude da cidade onde mora, informe-se!




Fonte: Fernanda Beirão/Blog da Saúde








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