quinta-feira, 8 de agosto de 2013

CARAMUJO AFRICANO - PERIGO! TRANSMISSORES DE DOENÇAS...



1 - ACHATINA FULICA - CARAMUJO AFRICANO 
     Terrestre

Ficheiro:Giant African Land Snail (Achatina fulica) in Hyderabad, AP W IMG 0596.jpg

                                          

Características biológicas da espécie:

Os adultos da espécie atingem até 18 cm de comprimento de concha e pesam até 500 g. No sudoeste do Brasil, eles chegam no máximo a 10 cm de concha e 100 g de peso total. Os jovens possuem as mesmas características de concha dos adultos.
É uma espécie extremamente prolífica, alcançando a maturidade sexual aos 4 ou 5 meses. A fecundação é mútua, pois os indivíduos são hermafroditas e podem realizar até cinco posturas por ano, podendo atingir de 50 a 400 ovos por postura. É ativa no inverno, resistente ao frio hibernal e à seca. Normalmente passa o dia escondido e sai para se alimentar e reproduzir à noite, ou durante e logo após as chuvas. A tonalidade do corpo é cinza-escuro e as conchas possuem faixas de coloração variável, de castanho até levemente arroxeado. Os ovos são um pouco maiores que uma semente de mamão, e possuem coloração branco-leitosa ou amarelada.


Introdução ao Brasil:
O Caramujo africano é um molusco, de concha cônica marrom ou mosqueada de tons claros. Nativo no leste-nordeste da África, foi introduzido no Brasil em 1980, visando o cultivo e comercialização do escargot.
Presente em diversas partes do planeta, o caracol Achatina fulica foi introduzido ilegalmente no Brasil. 
O fracasso das tentativas de comercialização levou os criadores, por desinformação, a soltar os caracóis nas matas. Como se reproduz rapidamente e não possui predadores naturais no Brasil, tornou-se uma praga agrícola e pode ser encontrado em praticamente todo o país, inclusive nas regiões litorâneas.


Achatina Fulica e a Saúde Pública:

Evite contato:

O Achatina transmite o parasita Angiostrongylus, angiostrongilose abdominal ( perfuração intestinal).
No Brasil essa doença é transmitida por caracóis e lesmas nativos, na região sul do país encontra-se a maioria dos casos. As larvas podem se infectar através da ingestão de hortaliças contaminadas com o muco deixado pelo molusco adulto silvestre ao se movimentar. Por isso, recomenda-se lavar as verduras em água corrente e depois deixar as mesmas em molho, bastando colocar apenas uma colher de sobremesa de água sanitária em um litro de água e deixar os alimentos em molho por durante 15 minutos.
Devido ao seu sucesso reprodutivo, ele tornou-se uma terrível praga agrícola, alimentando-se vorazmente de diversos vegetais de consumo humano.


Achatina Fulica :

Para combater o Achatina fulica, inicialmente é necessário identificar corretamente o caracol, para que não haja qualquer confusão com as espécies nativas, posteriormente o exemplar deve ser pego com luva ou saco plástico para evitar o contato direto,  também pode-se esmagá-lo. Quando chove muito numa região infestada, é comum observarmos os caracóis subindo as paredes, sendo, então, uma boa oportunidade para destruí-los. É preciso observar o local que foi infestado por eles por pelo menos três meses para verificação das reinfestações. O combate químico com o uso de pesticidas não é indicado, pois o produto pode contaminar o solo, a água e até o lençol freático, podendo, assim, levar a intoxicação dos animais e do ser humano, além disso, o molusco pode ser resistente a vários pesticidas. A melhor solução é a incineração, enterrados em um local apropriado sob orientação dos entendidos no assunto. Não faça isso no quintal da sua casa. Informe-se!


Caramujo atravessando a rua Manoel Pedro da Silveira,
 balneário Paese em Itapoá/SC.


2 - ESQUISTOSSOMOSE MANSONI - Água
    Ciclo da Evolução





3 - LEISHMANIOSE TEGUMENTAR 
      Lesões - Tem tratamento - Não mata

                                       


                                        

Leishmaniose é uma doença infecciosa, porém, não contagiosa, causada por parasitas do gênero Leishmania. Os parasitas vivem e se multiplicam no interior das células que fazem parte do sistema de defesa do indivíduo, chamadas macrófagos. Há dois tipos de leishmaniose:

Leishmaniose tegumentar ou cutânea e a leishmaniose visceral ou calazar. A leishmaniose tegumentar caracteriza-se por feridas na pele que se localizam com maior freqüência nas partes descobertas do corpo. Tardiamente, podem surgir feridas nas mucosas do nariz, da boca e da garganta. Essa forma de leishmaniose é conhecida como “ferida brava”.



4 - LEISHMANIOSE VISCERAL
     Calazar - Grave
     
 A leishmaniose visceral é uma doença sistêmica, pois, acomete vários órgãos internos, principalmente o fígado, o baço e a medula óssea. Esse tipo de leishmaniose acomete essencialmente crianças de até dez anos, após esta idade se torna menos freqüente. É uma doença de evolução longa, podendo durar alguns meses ou até ultrapassar o período de um ano.

Seus nomes variam de acordo com a localidade; os mais comuns são: mosquito palha, tatuquira, birigüi, cangalinha, asa branca, asa dura e palhinha. O mosquito palha ou asa branca é mais encontrado em lugares úmidos, escuros, onde existem muitas plantas.

As fontes de infecção das leishmanioses são, principalmente, os animais silvestres e os insetos flebotomíneos que abrigam o parasita em seu tubo digestivo, porém, o hospedeiro também pode ser o cão doméstico.

Na leishmaniose cutânea os animais silvestres que atuam como reservatórios são os roedores silvestres, tamanduás e preguiças. Na leishmaniose visceral a principal fonte de infecção é a raposa do campo.
A leishmaniose é transmitida por insetos hematófagos (que se alimentam de sangue) conhecidos como flebótomos ou flebotomíneos. Os flebótomos medem de 2 a 3 milímetros de comprimento e devido ao seu pequeno tamanho são capazes de atravessar as malhas dos mosquiteiros e telas. Apresentam cor amarelada ou acinzentada e suas asas permanecem abertas quando estão em repouso.

Ciclo de Transmissão




5 - LEPTOSPIROSE
     Bactéria no rato doméstico

O que é leptospirose?
É uma doença infecciosa causada por uma bactéria chamada Leptospira presente na urina do rato doméstico.

Como se pega a leptospirose?


Em situações de enchentes e inundações, a urina dos ratos, presente em esgotos e bueiros, mistura-se à enxurrada e à lama das enchentes. Qualquer pessoa que tiver contato com a água ou lama contaminadas poderá se infectar. A Leptospira penetra no corpo pela pele, principalmente se houver algum ferimento ou
arranhão. Na época de seca, oferecem riscos à saúde humana o contato com água ou lama de esgoto, lagoas ou rios contaminados e terrenos baldios onde existem ratos. Portanto, deve-se evitar o contato com esses ambientes.

Quais os sintomas?


Os sintomas mais freqüentes são parecidos com os de outras doenças, como a gripe. Os principais são: febre, dor de cabeça, dores pelo corpo, principalmente nas panturrilhas (batata-da-perna), podendo também ocorrer icterícia (coloração amarelada da pele e das mucosas). Nas formas mais graves são necessários cuidados especiais, inclusive internação hospitalar. 

Como evitar a doença?

Evite o contato com água ou lama de enchentes e impeça que crianças nadem ou brinquem em ambientes que possam estar contaminados pela urina dos ratos. Pessoas que trabalham na limpeza de lamas, entulhos e desentupimento de esgoto devem usar botas e luvas de borracha (se isto for possível, usar sacos plásticos duplos amarrados nas mãos e nos pés). Também são necessárias medidas ligadas ao meio ambiente, tais como o controle de roedores, obras de saneamento básico (abastecimento de água, lixo e esgoto) e melhorias nas habitações humanas.

6 - HANTAVIROSE
        Vírus no rato silvestre

A hantavirose é uma doença infecciosa grave, detectada pela primeira vez em 1993, nos Estados Unidos.  É causada pelo hantavírus, transmitido por ratos silvestres. Na região do cerrado brasileiro, o rato silvestre reservatório do hantavírus é o Bolomys lasiurius,  conhecido  como rato do capim ou rato-da-cauda-peluda. Apesar de registrada em quase todo país, a doença tem maior incidência nas regiões Sul e Centro-Oeste.
O Ministério da Saúde trabalha junto às secretarias estaduais para alertar a população sobre os riscos de transmissão da hantavirose nas zonas rurais. Ex: Celeiros. Galpóes, Cilos, etc... 

Transmissão e Sintomas:

O hantavírus é eliminado através da saliva, fezes ou urina dos roedores. Essas secreções secam e misturam-se à poeira do ar. A principal forma de infecção ocorre quando a pessoa inala poeira em ambientes onde o vírus esteja presente, principalmente, locais fechados. Ao ser inalado, o vírus pode levar até 60 dias para entrar em ação. Normalmente, a pessoa começa a sentir os desconfortos da doença depois de 15 a 20 dias. Os sintomas da hantavirose são: febre, dores de cabeça, no corpo e na região abdominal. "Todos esses sintomas, presentes em gripes, pneumonias ou até mesmo nos casos de dengue dificultam o diagnóstico da hantavirose na sua fase inicial.

A LEPTOSPIROSE, pode acontecer outra vez numa mesma pessoa. Muita atenção!

        

 DESTAQUE


Capacitação para as Agentes de Saúde e Endemias de Itapoá

Data: 08.08.2013
Horário: 08:00 às 12:00


Palestrante: Maria da Graça Teixeira Portes
Bióloga e Entomóloga
23 Gerência Regional de Joinville

Participação: Janaína Gomes - Vigilância Epidemiológica
Secretaria de Saúde de Itapoá/SC


 Agentes Comunitárias de Saúde e Endemias  em curso na
Associação dos Funcionários Públicos, saiba mais...

Momentos registrados pela palestrante e enviados
 gentilmente por email para essa postagem, agradecemos imensamente!


Até a próxima!

SAÚDE!



Procure a Secretaria de Saúde, o Centro de Controle de Zoonoses,
 a Vigilância Epidemiológica da sua cidade. Informe-se! Saiba mais sobre esse assunto.




Equipe ESF Itapoá






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